quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Rótulos

"Eu procuro tentar entender
Porque eu sou tão importante pra você
Já que é bem melhor ser importante pra si mesmo
Eu não quero mudar ser mais discreto ser mais esperto
Já cansei de propostas de dar respostas e ter que dar certo
Até que o mundo gire ao meu redor
Vão falar que você não é nada
Vão falar que você não tem casa
Vão falar que você não merece que anda bebendo e está perdido
E não importa o que você dissesse
Você seria desmentido
Vão falar que você usa drogas e diz coisas sem sentido
Se eu for ligar para o que é que vão falar não faço nada "



Perceba. Você não se sente assim algumas vezes? Que mundo é esse que no lugar de pregar a originalidade, a individualidade de cada um, prega em todo o tempo você deve ser, o que deve usar, como deve se comportar, quanto deve pesar.

Não sou nenhum modelo de perfeição. Nem quero ser. Só estou querendo dizer o que penso. Muitas vezes me pego olhando no espelho e achando coisas que “eu teria que consertar”. Sou ligada em moda, mas gosto e não uso tudo que está na moda. Sou ligada em moda, mas uso aquilo que já não é mais moda. Outro dia na academia ouvi uma das meninas dizendo: A gente tem que se amar primeiro. Tem que se gostar primeiro de tudo. Quando nos amamos como somos, as coisas por mais difíceis que parecem sempre ficam melhores, as pessoas nos amam como somos quando nós nos amamos como somos primeiro.
Juntando isso com um filme que assisti nesse final de semana (Garotas formosas, pra quem tiver a curiosidade de assistir) percebo o quanto isso está certo. O filme tratava de garotas gordas, mas não tipo gordinhas, eram gordas mesmos! E elas se amavam assim do jeito que eram. E você sabe, que até as roupas que elas usavam que na concepção do mundo não ficaria bom pra elas, ficava perfeita. Ah, isso era outra coisa que mostrava no filme, as opções sempre são para quem tem o padrão que mundo escolheu, quem não faz parte do padrão tem dificuldade pra achar até as coisas mais simples como uma camiseta.
Ah, vendo tudo isso percebi o quanto eu sou feliz. Apesar de muitas tentar me encaixar em certos padrões, em outros saio totalmente fora. Amo ser diferente. Que me olhem de cima a baixo. Que me chamem de esquisita. Que me chamem de antipática. Quem chamem do que quiser chamar. Eu não estou nem aí. Eu sou feliz e ponto.
Lamento muito por você, lamento mesmo. Você fica aí, tentando mudar o que é apenas pra agradar os outros, pra ser mais aceita, achando que isso lhe trará felicidade. E no fundo, você sabe melhor do que eu que vive na maior infelicidade.
Lembre-se sempre que você pode mudar isso. Você pode ser o que você quiser. Você precisa se amar como é. Quando fizer isso, verás que todas as outras coisas lhe serão acrescentadas.

2 comentários:

Helena G. Canela disse...

"Apesar de muitas tentar me encaixar em certos padrões, em outros saio totalmente fora. Amo ser diferente."

Eu concordo plenamente. Adoro ser assim, adoro ser lembrada pela minha maneira incomum de ser, sem me importar com o que os outros pensam, sem me importar de falar coisas bestas, fazer idiotices, tolices, porque é assim que eu sou, é assim que eu me sinto bem!

Adorei seu texto. Assim que der, vou ver esse filme. =)

Thaís-inha! disse...

Eu também amo ser diferente, é bom demais quando você é lembrada por agir com autenticidade, ser espontânea, falar o que pensa(...)
Cada tolice, mania, gírias usadas, as palavras escolhidas, o tom em que você fala, faz parte do que você é e mudar isso pra agradar alguém é a maior bobagem.

Parabéns pelo texto, pretendo ver esse filme também. ^^