sábado, 6 de dezembro de 2008

A Dama de Vermelho - Cap. 5

Dama de Vermelho
5ª Crônica – Volume 1
É pra Casar?




_Lily, quem é aquele? – indagou May apontando para um negro forte, careca e usando uma jeans escura, um All Star azul e o tradicional jaleco branco com o símbolo da farmácia.
_É o novo farmacêutico, se chama Jimmy! Vulgo, Jim.
_Ah! Ele finalmente foi contratado...
_Ele é um gato! – exclamou Lily.
May – que estava usando um vestido verde florido por baixo do jaleco, uma fita vermelha no cabelo e uma sapatilha preta – fitou sua amigada cabeça aos pés.
_Sou uma trabalhadora eficiente, uma mulher segura e que só transa com um único homem! – discursou May, sobre o que a roupa de Lily significava – Esse blaiser e essa calça marrom que saíram de moda desde que inventaram a roda não me convencem! Você não é isso aí!
_Tchau, May!
·
A Dama de Vermelho foi atender um cliente que pediu um antidepressivo tarja-preta receitado; depois apanhou café na máquina da farmácia e foi atrás de Lily, que tirava sangue de um homem com dentes amarelados e visualmente bêbado.
_Oi! – May tentou puxar conversa.
_Tem uma adolescente ali! Vá atende-lá!
_Não!
Silêncio. O bêbado dormia enquanto Lily terminava de tirar sangue.
_Você está afim dele, certo? Você só quer dar ou quer algo mais profundo, uma relação? Quer um namorado? Não sabia que você gostava de negões... Negros são um fetiche para mim! Mas... você está afim dele? – interrogou May.
_Não! – Lily tentou fugir da conversa enquanto se dirigia a adolescente para atende-lá.
_Me fala alguma coisa!!! – pirraçou May Campbell.
_O que você deseja? – perguntou a farmacêutica enquanto May não parava de insistir; a adolescente de aparentemente 16 anos não respondeu imediatamente de tão confusa que estava com a discussão das colegas de trabalho – O que você quer, porra?? – gritou.
_Camisinha sabor morango e lubrificante! E um calmante, por favor! – respondeu a adolescente, ligeiramente assustada.
_Você só quer dar pra ele? – continuou a Dama de Vermelho.
_Isso mesmo! Só sexo! – desabafou a cliente.
_Ela estava falando comigo! Está aqui o seu pedido! Eu se fosse você não tomava esse calmante, não vai ter graça! – Lily encarou sua amiga – Eu quero algo com ele! Não sei se é só sexo ou é um casamento...
_Comece pelo sexo!
·
May colocou um calmante que deixava as pessoas “grogues” no expresso de Jim na ultima hora do expediente dele – já era o fim do dia - , o que fez com que ele ficasse muito sonolento e fosse tirar um cochilo em uma das salas de exame que a farmácia possuía. May e Jim ficavam sozinhos das cinco às sete da noite. A Dama Escarlate combinara com sua amiga Lily que ela ficasse em algum lugar por perto até ela avisar que o bofe estava “no ponto”.
Depois de Jim dormir por meia-hora, May chamou sua amiga para “preparar o terreno” e depois...
As duas farmacêuticas tiraram a roupa do companheiro. May deixou as chaves da farmácia com sua amiga e foi embora. Lily tirou a roupa e acordou Jim.
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_Foi ÓTIMO!!! – contou Lily no dia seguinte – Esse é pra casar!






Arthur Araujo

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